Esposa e advogada de investigado foram presas neste sábado (1º). Investigados criaram empresas em nome de ‘laranjas’ para reduzir ou suprimir o ICMS devido, totalizando mais de R$ 12 milhões sonegados aos cofres públicos.
Duas mulheres foram presas na cidade de Irecê, neste sábado (1º), na segunda fase da ‘Operação Marca-Passo’, que investiga a prática de sonegação fiscal por grupo que atua no setor de supermercados no município localizado no norte da Bahia.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), as presas são uma advogada e a esposa do homem apontado como líder do esquema criminoso. Ele é investigado na operação, que teve a primeira fase deflagrada na quinta-feira (29).
Acompanharam os cumprimentos das prisões, um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF) e um delegado do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO).
De acordo com o MP-BA, no curso das investigações, foram interceptadas, com autorização judicial, conversas telefônicas mantidas entre a advogada e a esposa do empresário preso, nas quais os dois combinavam ações tendentes a ocultar bens, blindar valores e destruir provas, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação e a decretação do sequestro dos bens do grupo empresarial e de seus sócios.
Deflagrada na última quinta-feira, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária. A fraude consistia na criação de empresas em nome de laranjas com o intuito de reduzir ou suprimir o ICMS devido, totalizando mais de R$ 12 milhões sonegados aos cofres públicos.
A força-tarefa é formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular do MP (Gaesf); a Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Sefaz; e a Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD/Dececap/Draco) da SSP.