2.841 brasileiros foram a óbito no primeiro dia da gestão do médico Marcelo Queiroga a frente ao Ministério da Saúde.
A solução de qualquer problema começa por reconhecer a sua existência e a sua gravidade e a identificação das suas causas e suas complexidades. Dito isto, faz-se necessário e indispensável que os nossos governantes se cerquem de pessoas bastante experimentadas e suficientemente capazes de detectá-las. Convicções isoladas, e menos ainda, improvisadas, apenas alimentam a falsa impressão daqueles que imaginam que existem soluções simples para problemas complexos.
Em relação à Covid-19 jamais poderíamos vê-la sendo tratada como vinha sendo, posto que, comparável a uma pandemia, somente uma sangrenta guerra. A título de comparação: na guerra do Paraguaio 50.000 brasileiros perderam suas vidas e na pandemia em curso, até o presente, 282.000 já foram a óbito.
Ou assim o novíssimo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, surpreendentemente, o 4º da gestão do presidente Jair Bolsonaro terá esta compreensão ou a pandemia da Covid-19, no nosso país, só tenderá a se agravar. Do contrário, a sua presença só irá alimentar o pandemônio que encontra-se estabelecido. E por quê? Porque se a sua presença tiver o propósito de dar continuidade à gestão do seu antecessor, a do ex-ministro, Eduardo Pazuello, e não a ruptura, as previsões científicas irão se confirmar, ou seja, superaremos o macabro patamar de 3.000 mortes diárias.
Particularmente preocupei-me, e imagino que esta tenha sido a impressão dos especialistas em saúde pública, quando o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em seu primeiro pronunciamento à imprensa, limitou-se a dizer que obedecerá a política determinada pelo governo, no caso, pelo presidente Jair Bolsonaro. Em síntese, que fará o que fez o seu antecessor quando assim se expressou: “aqui um manda e o outro obedece”. Certamente, por não se submeter a tamanha impropriedade, muito provavelmente, a médica Ludhmila Hajjar negou-se a assumir as funções que serão ocupadas pelo médico, Marcelo Queiroga.
Quando um governante escolhe os seus assessores, e em particular, quando o presidente da República escolhe os seus ministros, são através deles que buscam os aconselhamentos para tomar as suas decisões, sobretudo, nos assuntos mais delicados. Por não ter procedido assim o presidente Jair Bolsonaro, em muito contribuiu, para tornar o nosso país no epicentro mundial de uma pandemia, no caso, da Covid-19.
Do ministro Marcelo Queiroga, ainda correndo o risco de ser demitido, que entre a ciência e as convicções do presidente Jair Bolsonaro que siga a ciência, ou seja, que faça o que os ex-ministros Henrique Mandetta e Nelson Teich fizeram, pois suas demissões em muito os engrandeceram.