Pelo terceiro dia consecutivo, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registra o maior número de pacientes internados em UTIs Covid-19 desde o início da pandemia. São 890 pacientes adultos e pediátricos em estado grave ocupando leitos nas diversas regiões da Bahia. O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 63 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas neste domingo (21).
Em virtude da elevação na taxa de ocupação de leitos de UTI em toda a Bahia, o governador Rui Costa determinou a ampliação do horário do toque de recolher. A partir desta segunda-feira (22), a restrição será das 20h às 5h. A determinação visa provocar uma redução da taxa de crescimento da Covid-19 no estado.
As denúncias sobre aglomerações em espaços públicos ou privados serão fundamentais para facilitar o trabalho da polícia. Para isso, a população pode utilizar os canais de comunicação oficiais por meio do 190 ou (71) 3235-0000 (para a capital) e, no interior do estado, pelo 181. Lembrando que a denúncia é anônima e a viatura mais próxima é acionada para o local.
Boletim epidemiológico
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.851 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) e 2.372 recuperados (+0,4%). Dos 653.335 casos confirmados desde o início da pandemia, 625.441 já são considerados recuperados e 16.703 encontram-se ativos.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.018.766 casos descartados e 150.783 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (21). Na Bahia, 41.937 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Neste domingo (21) foram registradas 63 mortes e o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 11.191, representando uma letalidade de 1,71%. Dentre os óbitos, 56,64% ocorreram no sexo masculino e 43,36% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,17% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,34%, preta com 14,54%, amarela com 0,58%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,22% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,46%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,38).
A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.