Medida vale até 25 de fevereiro, das 22h às 5h, em 343 cidades. De acordo com decreto, estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar atividades até as 21h30.
Começa nesta sexta-feira (19) o toque de recolher na Bahia, que valerá até a próxima quinta-feira (25), das 22h às 5h, em 343 cidades. De acordo com o decreto, os estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as atividades até as 21h30. Estabelecimentos comerciais como shoppings, bares e restaurantes, além de postos de gasolina que vendem bebidas alcoólicas deverão estar fechados e vazios às 22h.
A determinação não se aplica ao funcionamento dos terminais rodoviários, metroviários e aeroviários ou ao deslocamento de funcionários e colaboradores que atuem na operacionalização destas atividades.
Os meios de transporte metropolitanos (ônibus, metrô, ferryboat e lanchinhas) ficam autorizados até 22h30, horário em que devem ser encerrados. Em Salvador, os ônibus urbanos deverão obedecer decreto publicado pela prefeitura, que já determinou a circulação até 22h30.
Além disso, as atividades essenciais, como serviços de saúde e farmácias, serão mantidas, inclusive a entrega de medicamentos por meio de motoboys.
Ficam expressamente vedados ainda, entre as 22h e às 5h, o funcionamento de bares, restaurantes, lojas de conveniência e demais estabelecimentos similares que comercializem bebidas alcoólicas, inclusive na modalidade delivery.
Veja detalhes do toque de recolher na Bahia:
- medida começa a valer a partir desta sexta-feira, das 22h às 5h, e segue até 25 de fevereiro;
- estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as suas atividades até as 21h30;
- as polícias Civil e Militar irão fiscalizar o cumprimento do toque de recolher;
- quem descumprir as regras pode ser preso e irá responder por crime contra a saúde pública;
- quem trabalha de madrugada deverá portar documento que comprove para poder circular na rua.
O que não pode funcionar:
- a partir das 22h, serviços de delivery estão proibidos para bares, restaurantes e semelhantes, sendo permitidos apenas para farmácias;
- estão proibidas atividades comerciais não essenciais;
- meios de transporte metropolitanos estão proibidos de circular a partir das 22h30;
- lojas de conveniência de postos de gasolina deverão ser fechadas.
O que pode funcionar:
- o funcionamento dos terminais rodoviários, metroviários e aeroviários, bem como o deslocamento de funcionários e colaboradores que atuem na operacionalização destas atividades fins;
- os serviços de limpeza pública e manutenção urbana;
- os serviços delivery de farmácia e medicamentos;
- as atividades profissionais de transporte privado de passageiros;
- postos de gasolinas poderão ficar abertos.
Para garantir que o decreto seja cumprido, a Polícia Militar (PM) vai fiscalizar os estabelecimentos comerciais que tenham venda de bebida alcoólica.
De acordo com a PM, a fiscalização é para que as pessoas se desloquem para suas residências no horário previsto e não aglomerem ou estejam circulando nas ruas após às 22h.
Além disso, a polícia também disponibilizou os canais de comunicação oficiais para denúncia de aglomerações, tanto em vias públicas, como privadas.
Na capital, a denúncia pode ser feita pelo 190 ou (71) 3235-0000. Já no interior do estado, o número de contato é o 181. A denúncia pode ser realizada de forma anônima e a viatura mais próxima será deslocada para o local.
Aumento de casos ativos
De acordo com a diretora do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Izabel Marcílio, o principal fator que contribuiu para o aumento de casos positivos da Covid-19, que resultou no toque de recolher, é o desrespeito às orientações sanitárias.
“O que a gente percebe é um total descomprometimento e desrespeito. A gente não consegue entender se é porque a vacina começou a ser aplicada e as pessoas já se veem livres da pandemia. As pessoas estão viajando e vivendo a vida como se a pandemia tivesse acabado e não é real. Então, com certeza, essa é a principal causa desse aumento”, explicou.
A SMS também atribuiu o aumento de casos ao comportamento da população.
“A população está um pouco mais dispersa em relação ao início do ano passado, quando as pessoas estavam cumprindo todas as regras”.
“Mesmo sem carnaval, houve aglomeração. Ainda existem pessoas que insistem em não acreditar que a pandemia é uma realidade. É preciso manter o distanciamento, evitar aglomerações, fazer uso de máscara, manter as boas práticas de lavar as mãos e usar o álcool em gel”.
Em relação à ocupação de leitos, a diretora do Coes da Sesab informou que a situação é crítica.
“O nosso pico de leitos foi em agosto [de 2020], com 1.196 leitos. A gente conseguiu fechar bastante e estávamos com 440 em outubro. Agora a gente está aumentando sem parar e chegamos a 1.088 leitos”, explicou.
Izabel ainda destacou que no pico de leitos que teve em agosto do ano passado as atividades estavam fechadas.