Equipes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já visitaram 1.689 domicílios e testaram 1.964 pessoas para elaboração do Inquérito Epidemiológico sobre o Covid-1. As ações iniciadas em meados de novembro envolvem 90 servidores entre agentes de endemia, técnicos de laboratório e supervisores da pasta. A iniciativa, que está em sua primeira fase, visa estimar a evolução da transmissão viral em Salvador, levando em consideração a realidade de cada distrito da capital baiana.
De acordo com Ana Paula Pitanga, membro do Centro de Operações Emergenciais do Covid-19, além do teste os moradores precisam responder um questionário com informações sobre sintomas e hábitos sociais. “O intuito desse trabalho é conhecer de forma mais aprofundada o panorama da doença em Salvador e, a partir dessas informações, traçar medidas de acordo com realidade de cada distrito”, explica, lembrando que toda a equipe foi treinada e preparada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Metodologia – O Inquérito Epidemiológico sobre o Covid-19 conta com a seguinte metodologia: são realizados quatro soro inquéritos, com intervalo de 30 dias entre cada um dos 12 distritos sanitários de Salvador. Em cada soro inquérito, as equipes técnicas fazem a coleta das amostras de sangue para a testagem rápida de voluntários de forma aleatória. São sorteadas 50 ruas em cada um dos distritos (o que totaliza 600 ruas no município). Em cada uma dessas 600 ruas, os testes serão aplicados em cinco domicílios. Com isso, em cada soro inquérito são visitados três mil domicílios, tendo pelo menos um morador testado para diagnóstico da Covid-19 em cada imóvel.
Se o indivíduo apresentar resultado positivo, toda a família da residência será testada. O intuito é estudar a dinâmica de transmissão domiciliar. No soro inquérito três, além da testagem de três mil pessoas prevista na etapa, as equipes de saúde retornarão a domicílios abrangidos no período do soro inquérito um que tiveram cidadãos positivados para fazer nova testagem.
O objetivo é investigar a presença de anticorpos e o tempo de resposta imunológica do paciente. Além disso, moradores que participarem do inquérito preencherão questionário estruturado com abordagens sobre aspectos sociais e demográficos, informando dados sobre sexo, faixa etária, etnia, renda, condição de saúde, prática de prevenção e exposição de risco para infecção, entre outras perguntas.
O inquérito epidemiológico conta ainda com apoio do Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (CIEVS), Centro de Operações e Emergência em Saúde Pública (COE), Núcleo de Tecnologia e Informação (NTI), Diretoria de Atenção à Saúde (DAS) e Centro de Controle de Zoonose (CCZ).
Foto: Bruno Concha/Secom