DICAS
Aos futuros prefeitos: Não se deve agir como se a cidade fosse sua propriedade, com decisões estritamente do ponto de vista pessoal, sem ouvir técnicos, vereadores e a sociedade. O prefeito há de se conscientizar que após o mandato continuará residente e ouvirá opiniões sobre sua postura administrativa. Não há como fugir dessa realidade.
‘OS NOVOS’: A expectativa de mudanças pela ‘renovação’ nas Câmaras municipais leva-nos a frase de Lampeduza: “As coisas mudam para ficar como estão”. Impressiona! Tudo ficará só na intenção? Logo os novatos se encantam com as luzes do poder e suas benesses? Contaminados pelo vírus da vaidade os novos se transformarão em velhos?
CARONA: A questão do racismo é aproveitada também por personagens em busca de espaço social/político. Num passe de mágica apareceu gente totalmente fora do contexto proferindo opiniões radicais e cometendo excessos. Mas os holofotes não foram suficientes para iluminar esses oportunistas ocasionais. Azar deles – continuarão ignorados.
COMPARAÇÃO: A cena final de Maradona no palco da vida precisa ser olhada com atenção também pelos políticos e autoridades no poder. Só quando as luzes dos holofotes se apagam é que eles se dão conta que a festa acabou. Aí enfrentam uma fase existencial difícil. Cruel: ‘amigos desaparecem e a caixa dos correios – vazia! Helpy!
‘ABACAXIS’: Esqueçam as promessas. Os novos prefeitos terão pouca margem de manobra para driblar os desafios da queda da arrecadação e o aumento da despesa. Austeridade ou populismo? Vereadores e funcionários consomem boa parte da receita. Enxugar o quadro nesta crise? Vai sobrar para o Governo Federal. E tem caixa pra isso?
RESSACA! Nas redes sociais as broncas de derrotados pela ‘ingratidão’ dos eleitores. Falam dos gastos, confessam dívidas e até doações de brindes. Um anuncia a venda da ‘Belina-89’; outro ficou sem seus 40 carneiros e um terceiro revoltado prometeu que irá se vingar não dando mais empregos em sua empresa para eleitores de sua cidade.
PRETENDENTES: A articulação do apresentador Luciano Huck abriu a cortina. Quer juntar nomes no chamado centro para enfrentar a esquerda e a direita. O problema é que o time desejado não tem votos. Em 2018 os 5 candidatos com esse perfil tiveram só 11% dos votos, inferior a votação de Ciro Gomes. Combinar com o eleitor é preciso.
ELEIÇÕES: Apesar de tão criticadas não podemos e nem sabemos viver sem elas. É neste período que se cria ambiente e motivação para balanço e reflexão do ambiente em que vivemos. Por extensão, sob a mesma ótica, há de aferir a importância do político. Em tese, ele é o elo entre a sociedade e o poder público. Ruim com ele, pior sem ele.
O MINEIRO Pedro Aleixo dizia que o político esperto julga-se tão sabido que acaba atolado na própria burrice. Usa cumplices para não sujar as mãos, contorna a lei mas fica com o rabo preso na perigosa teia que pode fritá-lo com documentos e informações na justiça. É igual ao mandante do crime que se torna refém do matador de aluguel.