O Polo Agroindustrial e Bioenergético em implantação no Médio São Francisco baiano, que já tem seis projetos sucroalcooleiros em análise, pode ter dois novos produtores de cana-de-açúcar. Executivos do Grupo RC Agro, produtor de cana em São Paulo e Minas Gerais, e a Cooperativa de Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), foram conhecer o projeto e demonstram interesse, durante viagem de negócios da comitiva comandada secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, João Leão, e composta por dirigentes do Banco do Nordeste (BNB), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e empresários. A missão esteve nos municípios de Barra e Muquém do São Francisco visitando projetos agroindustriais nos dias 01, 02 e 03 de outubro.
“Temos um projeto sucroalcooleiro, do Grupo Sergio Paranhos Agroindustrial, em implantação em Muquém, temos alguns projetos agrícolas e pecuários em ação na região e, agora, seis novos projetos em processo de se viabilizar. Este mês devemos assinar, inclusive, dois protocolos de intenções das primeiras usinas sucroalcooleiras de Barra. Ou seja, o progresso e o desenvolvimento estão sendo construídos no Médio São Francisco, para gerar emprego para os moradores dessas cidades. Queremos tirar essa região do atraso”, destaca Leão.
O presidente da RC Agro, Lúcio Gomes, afirma que o grupo está analisando a viabilidade de expandir os negócios para a região. “Nós identificamos aqui uma grande oportunidade, uma nova fronteira de negócios. Aqui tem potencial hídrico, luminosidade e as características do solo são coisas que realmente compõem todo o sucesso de uma cultura. Eu acho que tanto na área de grãos, como na área de cana e também na área pecuária a região aqui é muito apropriada”, aponta.
Mesma análise faz Alexandre Andrade, presidente da Coaf. A ideia é implantar na região a mesma modelagem bem sucedida de cooperativa de cana-de-açúcar que eles operam em Pernambuco. A análise será feita pela diretoria e 800 agricultores cooperados. A Coaf gera 4,5 mil empregos diretos, contribuem com arrecadação de ICMS, com a produção de etanol para o estado e movimenta toda a economia da região. Na safra deste ano, deve faturar R$ 220 milhões.
Fomento
“A Sudene está de portas abertas para receber esse tipo de proposta para que a gente avalie e, dentro das linhas de incentivos, possamos fomentar, de modo mais direcionado e mais forte”, diz Evaldo Cruz Neto, superintendente da Sudene.
Para Anderson Aorivan da Cunha, diretor de Negócios do BNB, o Polo Agroindustrial é viável. “Tudo que nós vimos aqui nos deixou extremamente animados com o potencial, com a concretização que vem sendo feito agora. Com certeza, isso vai mudar muito o mapa da região, o mapa agroindustrial aqui da Bahia e do próprio país”, afirma.
“O Banco do Nordeste está a disposição para apoiar, pela importância da atividade, pela importância do negócio em si e pela importância econômica, que é uma atividade muito geradora de emprego e renda”, declara José Gomes, superintendente do BNB na Bahia.
Fonte: Ascom/ SDE