Maior hospital público da Bahia, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, realizou 5.426 cirurgias, desde o início da pandemia da Covid-19, em março, até o último mês de agosto. Desse total, 3.370 foram procedimentos eletivos – ou seja, aqueles que podem ser programados, pois não possuem caráter de urgência.
Apesar de seguir, rigorosamente, as recomendações do Ministério da Saúde (MS), Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Salvador) e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar local (CCIH-HGRS), priorizando os casos de urgência e emergência, o Hospital Roberto Santos reuniu esforços para não parar de realizar cirurgias eletivas no período de emergência sanitária. Isso foi possível, também, pela presença de um hospital-dia na instituição, que absorveu 81,54% da demanda eletiva do HGRS.
De acordo com o diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho, mais cirurgias foram feitas no período da pandemia do que no mesmo período do ano passado. “Nosso departamento de qualidade registrou que, no centro cirúrgico, aconteceram 2304 cirurgias em 2019, somando procedimentos eletivos e de urgência. Já em 2020, no mesmo período [março a agosto], realizamos 2.678 cirurgias de média e alta complexidade. Isso sem contar com os indicadores do hospital-dia, que se mantiveram altos em ambos os anos”, detalha ele.
Na avaliação do gestor, a melhoria da produtividade se deve, principalmente, à modernização do centro cirúrgico, à abertura de unidades de terapia intensiva (UTIs) e ao conjunto de estratégias adotadas pelo Governo da Bahia antes e durante a pandemia do novo coronavírus. “Nos últimos anos, houve um investimento alto no Hospital Geral Roberto Santos. Ganhamos um novo centro cirúrgico, uma UTI cardiovascular e UTI neurológica. Readequamos completamente a hemodinâmica, que se tornou uma das mais produtivas do Estado, e ainda recebemos o primeiro hospital-dia geral da rede Sesab. Se não fosse isso, não sei como conseguiríamos enfrentar a pandemia. O governador Rui Costa foi muito sábio, inclusive, por manter seu principal hospital atendendo às diversas especialidades a qual é vocacionado, como retaguarda às unidades destinadas ao atendimento da Covid”, completa.
Fonte: Ascom/HGRS