“Salvador, meu amor, a raiz. De todo bem, de tanta fé, do canto, candomblé”. Os versos conhecidos da canção “Raiz de Todo Bem” retratam bem a democratização do Carnaval, que a cada ano amplia o número de atrações para o folião pipoca. E, neste sábado (22), o cantor Saulo promoveu um verdadeiro festival de cores na passarela Nelson Maleiro, no Campo Grande.
Entoando canções já conhecidas do seu repertório, a exemplo de “Tudo Certo na Bahia”, “Preta”, e “Agradecer”, o cantor invadiu o circuito distribuindo o pó colorido zim, misturando as cores verde, azul e laranja, dando novo tom ao pessoal que curtia seu som.
Para Saulo, a possibilidade de ser pipoca é ótima. “De alguma maneira, ver o povo ter acesso a todas as atrações, você olha, gosta, depois vai pra outro, a pipoca proporciona isso. Eu agradeço à Prefeitura pelo dia de hoje, de poder tocar pra galera, dessa forma democrática. Aqui tem todo tipo de gente que você imaginar, tem famílias, tem pessoas com deficiência, tem criança então a gente tem o maior cuidado com isso. O Carnaval representa um sonho de igualdade, de respeito, e a gente consegue viver isso”, disse o cantor, antes do desfile.
Libras na folia – Neste ano, o cantor conta ainda com uma intérprete de Libras no trio, democratizando ainda mais e proporcionado que surdos também possam vivenciar o Carnaval. “Foi uma iniciativa em grupo, fundamental porque tem uma galera que consegue acompanhar o trio dessa firma, se comunicando com ela. É uma oportunidade também de crescer como ser humano, e mostrar que a gente pode agregar. O Carnaval pode ser um centro de coisas boas, e vamos colocar energias boas”, falou o artista.
Pipoca turista – No aquecimento para acompanhar o cantor, a designer Bianca Teixeira, de 27 anos, veio diretamente de Recife (PE) só para curtir a pipoca de Saulo. Caracterizada com uma tiara escrita “Pipoca de Saulo”, ela afirmou ser fã do artista e segue ele sempre que pode. “Então, o que me leva a sair de Recife é Saulo. Eu sempre me divido, venho pra Salvador e volto pra Olinda. Eu to achando massa, é um Carnaval muito seguro, não vi nada no quesito violência e está sendo uma experiência fantástica”, afirmou.
Direto de Petrolina (PE), a autônoma Michelle Brito, de 33 anos, sempre vem ao Carnaval, sendo este o sétimo ano dela na festa. “Eu sempre venho, e ultimamente e exclusivamente venho para ver Saulo. A pipoca é a cara dele, dos fãs dele, é a cara da turma dele. Então, nós somos pipoca e vamos aonde ele está”, concluiu.
Em 2020, a Prefeitura conta com 200 atrações para quem quer curtir sem cordas. A programação completa pode ser acessada no site curtacarnaval . com . br.