O BRT, novo modal de transporte público em construção na cidade, deverá ter os veículos movidos à eletricidade. Além disso, o objetivo da Prefeitura é implantar, a médio prazo, a mesma fonte de energia para os ônibus convencionais. As duas novidades serão analisadas nesta quarta-feira (30), quando acontece, entre 10h e 13h, no Hub Salvador, no Comércio, um debate internacional organizado pelo Grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática e pela Secretaria Municipal de Mobilidade (Semop).
O prefeito ACM Neto participa da abertura do evento ao lado do diretor Regional para América Latina do C40, Manuel Oliveira, e do titular da Semob, Fábio Mota. O evento contará ainda com a presença de representantes da gigante Enel, que atua no setor elétrico e viabilizou o funcionamento de ônibus elétricos em Santiago do Chile. Instituições financeiras nacionais e internacionais, a exemplo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do BNDES, interessadas em financiar os ônibus elétricos em Salvador, também estarão na mesa.
Serão abordadas, em reuniões bilaterais, questões como modelos de financiamento, operação do sistema de ônibus elétrico e estratégias de implementação na capital baiana. Haverá ainda apresentações de fornecedores de ônibus zero emissões. Vale lembrar que Salvador já testou um modelo de ônibus elétrico, que foi o primeiro passo no sentido de modernizar a frota no caminho da sustentabilidade. “Nossa ideia é colocar salvador na vanguarda das cidades ecologicamente mais corretas na área do transporte público”, resumiu Fábio Mota.
Vantagens – De acordo com Manuel Oliveira, os ganhos para Salvador com a implementação dos ônibus elétricos serão inúmeros e o impacto positivo deste equipamento poderá ser percebido em diversos aspectos da vida soteropolitana.
“Os ônibus elétricos têm muitas vantagens sobre os modelos que circulam hoje em Salvador. Além das questões ambientais, eles economizam mais de 50% da energia consumida, o que torna a operação financeiramente mais em conta para a cidade, inclusive na hora de definir tarifas. Eles não produzem emissões de poluentes, especialmente partículas associadas à maioria das doenças broncopulmonares de crianças e idosos, gerando economia também na saúde pública. E quase não produzem ruído,gerando mais tranquilidade em áreas com tráfego intenso”, declarou.
Manoel Oliveira destacou que os ônibus elétricos são realidade em diversas partes do mundo, a exemplo da China, que tem mais de 60.000 veículos rodando. O Chile detém a maior frota urbana fora da China, com 386 ônibus elétricos.
Por:SECOM